Teste de Friabilidade

Pelo teste de friabilidade verifica-se quanto pó se solta pelo movimento dos comprimidos. Isso porque, durante o transporte, os comprimidos vêm dentro de um blister e acabam chacoalhando. Porém, eles não podem perder muito de seu material, há um limite de perda para a friabilidade.

O aparelho utilizado neste teste de controle de qualidade de comprimidos é o friabilômetro. Para a amostra, são usados 20 comprimidos, caso o peso individual do comprimido seja menor que 650mg, e 10 comprimidos, caso cada um pese mais que 650mg, segundo parâmetros preconizados pela Farmacopeia.

Primeiramente, pesam-se todos os comprimidos juntos, descontando-se o peso do vidro relógio. Recolhem-se os comprimidos um a um com o auxílio de uma pinça para a análise. Após os comprimidos passarem pelo friabilômetro, são pesados novamente, verificando-se a quantidade de pó que foi perdida. O limite de perda padrão pela Farmacopeia é de 1,5%. É importante verificar se os comprimidos foram lascados ou quebrados no procedimento. Caso isso ocorra, o lote é reprovado.

No teste do friabilômetro, calibra-se a velocidade de rotação da roldana de acordo com as exigências da Farmacopeia, e o tempo preconizado é de 5 minutos. Retira-se a roldana, que deve estar higienizada, e os comprimidos são inseridos dentro dela. Em seguida, a roldana deve ser bem travada e o aparelho ligado.

Ele vai funcionar por 5 minutos e vai zerar, soando um apito. Em seguida, é preciso parar o funcionamento, abrir a roldana e retirar os comprimidos com o auxílio de uma pinça. Em seguida, é importante retirar o excesso de pó dos comprimidos com o auxílio de um lenço de papel ou mesmo uma flanela. Por fim, os comprimidos são pesados novamente e o valor é subtraído da pesagem inicial, estabelecendo-se a friabilidade (que deve ser menor que 1,5%).